segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

ANGRA!!!





Angra
Paraíso de rara beleza
que triste…
é sentir a sua tristeza.
A revolta…
da Mãe Natureza.
Angra
das ilhas famosas…
e belas.
Pintadas em cores…
nas telas.
Praias, montes, cascatas…
densas matas...
assoladas pela mão do homem…
as devastas.
E a nata da alta sociedade…
invade.
Angra, hoje chora e lastima…
os seus lutos.
Negligências por parte…
de incultos.
A ignorância e a ganância …
dos brutos.
Os avanços desordenados…
os insultos.
Duma terra desrespeitada…
os seus frutos...





Autora: Pequenina - 01/01/10 - 6:10

7 comentários:

CAFÉ NO BULE disse...

Juarez
Por incompetência minha, quis acertar o lay out da postagem e perdi o seu comentário. Poderia repetí-lo, por favor. Desculpe-me a imperícia digital.

Anônimo disse...

Não precisa, achei e reproduzo aqui.
JUAREZ disse:

Embora bonito e triste, o poema é de profunda reflexão. Todavia contém erros graves, que procura, com uma visão míope, culpar a "nata da sociedade" pelo desastre.
Lêdo engano. A tragédia atingiu a todos. Pobres e ricos, de todas as raças, credos, mulheres, homens, crianças.
Se na Ilha Grande, a Pousada Sankai e várias casas de veraneio foram arrasadas, lá morreram seres humanos, muitos ricos é verdades, mas outros que viviam no lugar e, dignamente, diga-se, em virtude de dezenas de empregos que lhe eram dados, além da morte de alfdeões, nativos do lugar. Vale ressaltar que na Ilha Grande, no local, a natureza estava intocada, não havendo desmatamento como disseram a Defesa Civil, os bombeiros e o Ibama. Foi uma catástrofe natural, devido à formação geológica do terreno, como afirmaram os geólogo.

Lamentavelmente, o mesmo não se pode dizer dos morros de Angra dos Reis, do Centro da cidade. Estes sim, com ocupaçção desordenada, fruto a incompetência dos administradores, todos eles, que não souberam impedir ou evitar que as enconstas fossem devastadas e as casas construidas em áreas de risco e até de preservação permanente, as chamadas APP.
Então, vamos prantear nossos mortos, mas não apontar o dedo acusatório para aqueles que se deram melhor na vida, com trabalho, com estudo, com bons negócios enfim, até mesmo com sorte.
Não é hora para acusações descabidas.

CAFÉ NO BULE disse...

Caro Juarez

Concordo que o poema nos remete a um grande reflexão, mas não podemos "tapar o sol com a peneira" e não querer enxergar a degradação ambiental, não só em Angra mas em todo país. Concordo com você quando diz que seres humanos morreram, independentemente se pobres ou ricos, mas não vi ou captei em nenhum trecho do poema,acusações descabidas contra a "a nata da sociedade" e nem libelo acusatório, apenas um lamento sobre a insensatez do ser humano quanto as questões ambientais. Se na Ilha Grande (não conheço lá)a natureza estava intocada, o mesmo não se pode dizer do Morro da Carioca no centro da cidade. Não percebi no poema nenhuma acusação, pelo contrário, achei-o de uma realidade ímpar, exatamente por não acusar e sim constatar uma realidade da qual não podemos nos furtar de enxergar. Para mim a transmissão de pensamento da autora foi espetacular.

Obrigado pela sua participação e pelo seu comentário que agregou mais qualidade ao blog.

Feliz 2010!

Anônimo disse...

Paulo disse:

Lamento discordar de você Paulinho, mas o poema é tendencioso e preconceituoso.
A poetisa, em minha opinião, foi infeliz em retratar o desastre como culpa da fina sociedade, como ser rico fosse crime, o que não é.
Deixou de lado, como bem disse o juarez as mazelas causadas pelo Poder Público, notadamente de Angra, que recentemente enfrentou as notícias das páginas policiais onde dezenas de pessoas foram presas pela Polícia Federal, acusadas, exatamente, de receberem propinas que deixaram uma mácula e que causaram este resultado lamentável, porque os males de tudo é a corrupção desenfreada que corre solta na política, para desespero de nossa gente.

CAFÉ NO BULE disse...

Obrigado pelo comentário xará.
A interpretação é subjetiva e acho que a poetisa usou apenas uma figura de linguagem para expressar o descalabro que os inconsequentes provocaram e provocam no meio ambiente. Há que se registrar que o Morro da Carioca não é composto pela nata da sociedade, pelo contrário. Culpados existem aos montes. Achei o poema um lamento e não uma acusação aos mais bem aquinhoados, mesmo porque acho que ser rico não é crime e que erros e acertos, não é privilégio de classe social.
Entretanto, respeito e acato tanto o seu ponto de vista como o do Juarez e agradeço pela visita e o comentário.
Espero que nas próximas postagens eu possa agradar mais aos leitores do blog porque sem eles não adianta postar nada.

Abraço

Anônimo disse...

A questão não é ou não postar o que agrada. O sucesso do blog reside exatamente em postar o que não agrada e a verdade. Mas a postagem, numa tragédia, de acusações, mesmo que veladas, com os espíritos à flor da pele, provoca reações como as dos leitores acima, que não criticaram o blog em nossa opinião, mas a postagem de um poema que é uma acusação clara a quem lutou e pode ter enriquecido na vida. Tenho que admitir que a tragédia abateu a todos, voce viu a entrevista dos pais de Iummi, filha dos donos da pousada que morreu na Ilha Grande, no Jornal Nacional? Como ficar impassível diante daquela torrente de emoção? Então o poema deveria celebrar a vida, a sobrevivência, a emoção de saber que nada nos pertence, nem mesmo nossos filhos, que são emprestados por Deus.

Maria Cristina

CAFÉ NO BULE disse...

Obrigado pelo comentário Maria Cristina.Conforme eu já disse, a interpretação é subjetiva e cada um a entende ao seu modo. Existe um entrelaçamento na atitude de todos e que levou ao resultado que vimos. Continuo entendendo que o poema foi um lamento e não uma acusação e que suas palavras (do poema)foram frutos da inspiração da poetisa às 6:10 da manhã, ainda sob o impacto do acontecimento.
Mas que bom que existiram reações. Isso é um bom sinal e que existem pessoas atentas ao inexplicável da vida.
Muito obrigado mesmo principalmente por nos lembrar que nada nos pertence e que tudo é emprestado por Deus.

Tenha um felicíssimo 2010.